15Agosto, 2022
Aniversário de 15 anos!

15 Anos de histórias.

Completamos 15 anos de existência.
Graças a Fundação Heydenreich, celebramos mais um ano
apoiando, educando e incluindo jovens.

A lenda do Uirapuru, pássaro raro da região amazônica, diz
que nas raras vezes que ele canta a floresta inteira se cala em uníssono para
ouvir seu lindo canto. É justamente para isso que formamos nossos jovens,
nossos Uirapurus, que incentivamos a saída do ninho, apoiamos no voo e
estimulamos o cantar.
São 15 anos de muitas histórias, sorrisos, aprendizados,
erros, acertos e muitas reinvenções.

Em 2005, durante a escrita e idealização do Projeto Uirapuru,
existiam diversos desafios e questionamentos, comuns na hora de iniciar um
curso de capacitação para o mercado de trabalho.
As questões mais importantes tornaram-se os norteadores do
nosso Projeto, nosso Uirapuruzinho ainda no ninho:

"Como não se tornar apenas mais um curso de preparação
para o mercado de trabalho?"
"Como compartilhar o aprendizado técnico, por vezes
frio, de uma forma acolhedora criando vínculos e conexões com os jovens?"

As respostas assertivas para essas perguntas estavam no
papel, nos planos das aulas, na proposta pedagógica bem estruturada. Estavam,
até que em 2007 recebemos a primeira turma...A certeza do papel sempre é posta à prova quando aplicamos a
variável pessoas na equação. E quando essas pessoas são jovens, o desafio é
ainda maior.

Descobrimos ao ver os diversos olhares que o principal papel
do nosso planejamento tinha vontade própria, sonhos, anseios, medos e uma sede
enorme por aprender e, principalmente, ser ouvido com atenção. Não era um
papel, mas sim um jovem.

"Como não se tornar apenas mais um curso de preparação
para o mercado de trabalho e criar conexões verdadeiras com os jovens?"

Desde a primeira turma descobrimos que a resposta era
simples:
"Ouvir com atenção cada história, cada fala, cada gesto,
cada sinal. Apenas ouvir e compreender cada jovem em sua individualidade. Ouvir
e depois planejar, com as palavras do jovem sempre reverberando em nossa cabeça
pedagógica."

Ouvimos e apoiamos o jovem, mas lembramos que a
responsabilidade pelo voo é dele. Incentivar o voo fora da zona de conforto,
também é educar.
Ouvimos e educamos, lembrando sempre que temos de direcionar
e indicar caminhos, mas não traçar todo o plano de voo da vida do adolescente.
O voo é dele, temos que fornecer apenas o instrumental e, se preciso, um lugar
seguro para pousar.
Ouvimos e incluímos através da educação. Afinal, pássaro que
não aprende a voar não tem histórias para contar.

O nome do projeto é Uirapuru, mas o nosso papel é
simplesmente ser floresta. Ponto de partida, passagem ou chegada para os
diversos Uirapurus que fizeram, fazem ou farão parte da nossa história.